"O Brasil tem que montar um programa de Estado para a pesquisa". A afirmação é do glaciologista brasileiro e pesquisador do Núcleo de Pesquisas Antárticas e Climáticas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Jefferson Cadia Simões, que integrou o workshop Pesquisa Antártica e Ano Polar Internacional dentro da 19ª Semana Nacional de Oceanografia 2007. O evento reúne quase 1000 participantes de todo o País até sexta-feira, dia 19 de outubro, na Sociedade Amigos do Cassino, em Rio Grande (RS). Para Simões, a pesquisa antártica (e outras pesquisas científicas) ainda não virou política de Estado no Brasil, o sétimo país do mundo mais próximo do gelo. O pesquisador defende que o Programa Antártico Brasileiro deve pesquisar principalmente os efeitos do aquecimento global e as mudanças climáticas para o Brasil. "Temos que acabar com o mito de que o Brasil é apenas um País tropical. Hoje, já sabemos que a circulação atmosférica do nosso País é uma das principais variáveis atingidas pela Antártica", comenta. O workshop apresentou também algumas pesquisas que o Brasil vem desenvolvendo na Antártica nos últimos anos, com pesquisadores de diversas universidades. Um exemplo é o projeto de monitoramento ambiental a partir dos mamíferos marinhos, gerenciado no Brasil pela pesquisadora Mônica Muelbert, da Fundação Universidade Federal do Rio Grande (Furg). Neste, elefantes marinhos, focas e baleias beluga viram "ceanógrafos animais", com rastreadores via satélite alojados no corpo, que monitoram as características do oceano. O Brasil participa do Ano Polar Internacional (entre abril de 2007 e abril de 2009) em 11 projetos de pesquisa, com recursos financeiros da ordem de R$ 8,2 milhões. Hoje, 90% do gelo do planeta está na Antártica. Ontem, dia 16, o pesquisador Manuel Haimovici, do Laboratório de Recursos Pesqueiros Demersais e Cefalópodes da Furg, coordenou o workshop sobre Perspectiva da Pesca e Aqüicultura. "
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obs: quem conece o Agora dá pra perceber né....
Comentários da Raquel sobre o Workshop
O professor coordenador da mesa foi Dr. Mauricio Mata da Oc. Física (coleguinhas daqui o conhecem... e viva a Dinâmica dos Oceanos!!!!), que deu uma visão geral do Ano Polar Internacional (API) e mostrou um pouco dos processos de circulação oceânica e a importância das regiões polares nesse processo. Destacou, sabiamente, a diferença do Oceano Artico e Antártico, onde o primeiro é um mar mediterâneo, água cercada de continente e o segundo sendo um continente cercado por água ( o professor Jefferson também salientou esse ponto). O Dr. Jefferson Simões da UFRGS, como glaciologista renomado, destacou a importância da Antártica para o Brasil: “A Antártica é tão importante para o Brasil quanto a Floresta Amazônica”, referindo-se a formação das frentes frias que chegam ao Brasil entre outros fatores. O Prof. Eduardo Secchi, do Laboratório de Tartarugas e Mamíferos Marinhos da FURG salientou o estudos dos predadores de topo nas regiões polares. Edu é o coordenador do sub-projeto de Cetáceos que está incluso no Projeto Lúcia do PROANTAR, que fará o censo da vida marinah na Antártica (detalhe eu vou para Antártica em Março/08 por esse projeto!!!!!!!). Logo depois a Prof. Mônica Muelbert falou do monitoramento dos mamíferos marinhos através do uso de transmissores de satélite.; o Projeto Mônica permanecerá na temporadoa 2007/2008 acampado na Ilha Elefante, Antártica, de novembro/07 até fevereiro/08, marcando elefantes-marinho, coletando amostras, fazendo seu censo entre outras atividades.
2 comentários:
Eu tinha escrito antes, mas apaguei porque escrevi muito errado e não gosto disso.
Então, Kel, mantenha-nos informadas sobre os projetos, pois fiquei curiosa. Se quiser me mandar indicações de leituras por e-mail, quero ler. Eu estou bem longe daí, mas queria manter-me antenada... Pra isso servem as parabólicas... hehehe
E depois vai ter que contar como foi toda a experiência Antárica pra nós!!!
Beijão!
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